sexta-feira, 30 de outubro de 2009

25 coisas que um fã de futebol não deveria deixar de fazer

     Há opções para todos os gostos, dos mais conservadores aos que topam qualquer parada pelo esporte. Então, confira 25 coisas para o fã de futebol fazer antes de morrer:

      Para um fã moderado:

     - Visitar Pelotas em dia de clássico Bra-Pel. Há quem garanta se tratar da mais ferrenha rivalidade do Brasil, superando até o sempre tenso clima de Gre-Nal. No interior gaúcho, o Bra-Pel não é questão de vida ou morte. É muito mais que isso.
     - Ir ao Mineirão e degustar um tropeiro. Vários estádios brasileiros têm seus pratos típicos, como o sanduíche de pernil paulistano, mas poucos são tão imperdíveis quanto o tropeiro de Belo Horizonte, especialmente em dia de Cruzeiro e Atlético-MG. Vale ainda correr pelas longas arquibancadas do Mineirão.
     - Passar pelo Viajandão e ver Romário, Edmundo ou Renato Gaúcho jogando futevôlei. Passar por ali em um dia de sol e não ver um famoso presente é um tremendo azar. Refúgio certo de boleiros, o Viajandão é o típico cenário peculiar ao carioca.
     - Frequentar o Canindé em dia de Festa Junina da Portuguesa. Se há algum evento em que a comunidade lusitana se encontra, este é um deles. É possível se aquecer com um quentão, comer boas comidas típicas e ainda se interar mais sobre o cotidiano da Portuguesa.
     - Conversar sobre o passado com o jornalista Luiz Mendes. Qual brasileiro viu o mágico Puskas de perto? Acompanhou e narrou o Maracanazo? Mendes, o comentarista da palavra fácil, tem 85 anos de vida e um arsenal invejável de grandes histórias a serem contadas.
     - Entoar o hino cômico do XV de Piracicaba. O interior paulista é rico em torcidas fanáticas, engraçadas e peculiares. Uma delas é a do popular Nhô Quim, que tem uma música impagável e recheada de ironia caipira. "Carxara de forfe, carcanha de grilo, asara de barata e suvaco de cobra...".
     - Se infiltrar na Turma do Amendoim no Palestra Itália. Assim batizada por Felipão, a numerada do estádio do Palmeiras é espaço fácil para torcedores fanáticos, engraçados e radicalmente corneteiros. A bucha fica para o treinador palmeirense.
     - Frequentar o Museu do Futebol no Pacaembu. Uma viagem do passado ao futuro, com a energia de torcidas, quadros históricos, narrações memoráveis e um sem fim de referências imperdíveis para quem gosta e até quem não gosta do esporte mais popular do mundo.

     Para um fã médio:

      - Pegar condução lotada com torcedores de seu time. Seja de trem, ônibus ou metrô, a experiência desafia os limites do conforto, mas é pura adrenalina. A caminho do estádio, a sensação é de que você já está no meio da arquibancada.

      - Pegar condução lotada com torcedores de outro time. Tão desconfortável quanto e, para piorar, você ainda não pode ser descoberto. A sensação é de que está cometendo um grave crime contra o "código de ética" do futebol.
     - Assistir a um jogo grudado no alambrado e xingar o bandeirinha por todo o tempo. Não seria nada lá politicamente correto, não fosse algo inerente ao futebol, que normalmente desafia o politicamente correto. Em um dia de fúria, você se sentirá muito mais leve após a partida, independente do resultado final do jogo.
     - Vestir uma máscara ou fantasia nas arquibancadas do Maracanã. É verdade que a casa dos Geraldinos, a geral, não existe mais. Ainda assim, a ironia dos torcedores cariocas se faz presente em qualquer partida. Se sentir um deles é uma experiência imperdível.
     - Jogar pó de arroz com a torcida do Fluminense. Parece neblina, mas é a torcida tricolor enchendo o Maracanã com pó de arroz. A sinergia do gesto, mistura às arquibancadas pintadas por branco, verde e grená, provoca uma atmosfera inesquecível.
     - Comprar sua própria corneta e assoprá-la durante um jogo no Machadão. Os estádios do Norte e do Nordeste são dos mais barulhentos e a mais famosa arena potiguar não fica atrás nem um pouco das vuvuzelas sul-africanas. Se infiltrar nesse ritual é indispensável.
     - Acompanhar a torcida do Sport em um "cazá cazá". Os vascaínos reivindicam a autoria do grito, mas os rubro-negros pernambucanos é que realmente o incorporaram com uma vibração ímpar.
     - Ir até Caxias do Sul e assistir a um jogo do Juventude no meio da neblina. Um dos estádios mais gelados do Brasil, o Alfredo Jaconi proporciona situações que parecem se repetir, como o volante Lauro em campo, o técnico Ivo Wortmann no banco e partidas em que o time da casa vence por 1 a 0 com um gol de cabeça aos 35min do segundo tempo.

     Para um completamente fanático:

     - Acompanhar a geral do Grêmio e descer as arquibancadas correndo depois de um gol. Requer uma certa coragem e habilidades atléticas razoáveis, mas a prática trazida das populares barras argentinas é o que há de mais vibrante para ser feito em uma arquibancada.
 - Completar um álbum de figurinhas de futebol sem fazer encomendas pelo correio. Só quem juntou um álbum e colou a última figurinha sabe o verdadeiro significado da palavra felicidade. Ainda mais se o fã conseguir seus últimos cromos com uma pitada de sorte, trocando-os com amigos ou mesmo desconhecidos.
     - Subir o túnel de acesso ao gramado antes de um grande clássico com os jogadores do seu time. Se há algumas experiências que fazem o coração subir até a garganta, essa é uma delas. As arquibancadas tremendo com o pulo da torcida e você, um pobre mortal, passando ali abaixo.
     - Ser coberto por um bandeirão de torcida organizada. É o momento em que você possivelmente mais se sentirá realizado como torcedor de futebol, mais um entre todos aqueles malucos que, embaixo do pano, não assistem ao próprio show.
     - Cortar o cabelo na barbearia do Seu Didi, cabelereiro do Pelé. Você pode ter a sorte de encontrar o Rei do Futebol mas, no fim das contas, há muitos outros ex-jogadores santistas que param para cortar o cabelo no salão em frente à Vila Belmiro. O personagem principal, naturalmente, é um grande contador de histórias.
     - Subir em uma árvore, laje, morro ou prédio e ver um jogo qualquer de forma "clandestina". É mais uma daquelas experiências politicamente incorretas, mas bastante normais do futebol. Além de ver a partida de um ângulo novo, você irá economizar o dinheiro do ingresso e viver uma tarde ou noite de aventura.
     - Conhecer o time de índios que disputa a segunda divisão do Campeonato Paraense. Se você mora no Centro-Oeste, no Sudeste ou ainda no Sul, precisará viajar um bocado para conhecer o Gavião Kyikategê, equipe formada e dirigida por índios que treinam carregando toras de madeira.
     - Viajar no mesmo avião em que estão os jogadores de seu time. Nas alturas e, se possível, viajando para o exterior, você poderá conhecer a intimidade dos ídolos, tirar fotos ou até cobrar o gol perdido no último jogo.

     Dica do Terra.

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