Há opções para todos os gostos, dos mais conservadores aos que topam qualquer parada pelo esporte. Então, confira 25 coisas para o fã de futebol fazer antes de morrer:
Para um fã moderado:
- Visitar Pelotas em dia de clássico Bra-Pel. Há quem garanta se tratar da mais ferrenha rivalidade do Brasil, superando até o sempre tenso clima de Gre-Nal. No interior gaúcho, o Bra-Pel não é questão de vida ou morte. É muito mais que isso.
- Ir ao Mineirão e degustar um tropeiro. Vários estádios brasileiros têm seus pratos típicos, como o sanduíche de pernil paulistano, mas poucos são tão imperdíveis quanto o tropeiro de Belo Horizonte, especialmente em dia de Cruzeiro e Atlético-MG. Vale ainda correr pelas longas arquibancadas do Mineirão.
- Passar pelo Viajandão e ver Romário, Edmundo ou Renato Gaúcho jogando futevôlei. Passar por ali em um dia de sol e não ver um famoso presente é um tremendo azar. Refúgio certo de boleiros, o Viajandão é o típico cenário peculiar ao carioca.
- Frequentar o Canindé em dia de Festa Junina da Portuguesa. Se há algum evento em que a comunidade lusitana se encontra, este é um deles. É possível se aquecer com um quentão, comer boas comidas típicas e ainda se interar mais sobre o cotidiano da Portuguesa.
- Conversar sobre o passado com o jornalista Luiz Mendes. Qual brasileiro viu o mágico Puskas de perto? Acompanhou e narrou o Maracanazo? Mendes, o comentarista da palavra fácil, tem 85 anos de vida e um arsenal invejável de grandes histórias a serem contadas.
- Entoar o hino cômico do XV de Piracicaba. O interior paulista é rico em torcidas fanáticas, engraçadas e peculiares. Uma delas é a do popular Nhô Quim, que tem uma música impagável e recheada de ironia caipira. "Carxara de forfe, carcanha de grilo, asara de barata e suvaco de cobra...".
- Se infiltrar na Turma do Amendoim no Palestra Itália. Assim batizada por Felipão, a numerada do estádio do Palmeiras é espaço fácil para torcedores fanáticos, engraçados e radicalmente corneteiros. A bucha fica para o treinador palmeirense.
- Frequentar o Museu do Futebol no Pacaembu. Uma viagem do passado ao futuro, com a energia de torcidas, quadros históricos, narrações memoráveis e um sem fim de referências imperdíveis para quem gosta e até quem não gosta do esporte mais popular do mundo.
Para um fã médio:
- Pegar condução lotada com torcedores de seu time. Seja de trem, ônibus ou metrô, a experiência desafia os limites do conforto, mas é pura adrenalina. A caminho do estádio, a sensação é de que você já está no meio da arquibancada.
- Pegar condução lotada com torcedores de outro time. Tão desconfortável quanto e, para piorar, você ainda não pode ser descoberto. A sensação é de que está cometendo um grave crime contra o "código de ética" do futebol.
- Assistir a um jogo grudado no alambrado e xingar o bandeirinha por todo o tempo. Não seria nada lá politicamente correto, não fosse algo inerente ao futebol, que normalmente desafia o politicamente correto. Em um dia de fúria, você se sentirá muito mais leve após a partida, independente do resultado final do jogo.
- Vestir uma máscara ou fantasia nas arquibancadas do Maracanã. É verdade que a casa dos Geraldinos, a geral, não existe mais. Ainda assim, a ironia dos torcedores cariocas se faz presente em qualquer partida. Se sentir um deles é uma experiência imperdível.
- Jogar pó de arroz com a torcida do Fluminense. Parece neblina, mas é a torcida tricolor enchendo o Maracanã com pó de arroz. A sinergia do gesto, mistura às arquibancadas pintadas por branco, verde e grená, provoca uma atmosfera inesquecível.
- Comprar sua própria corneta e assoprá-la durante um jogo no Machadão. Os estádios do Norte e do Nordeste são dos mais barulhentos e a mais famosa arena potiguar não fica atrás nem um pouco das vuvuzelas sul-africanas. Se infiltrar nesse ritual é indispensável.
- Acompanhar a torcida do Sport em um "cazá cazá". Os vascaínos reivindicam a autoria do grito, mas os rubro-negros pernambucanos é que realmente o incorporaram com uma vibração ímpar.
- Ir até Caxias do Sul e assistir a um jogo do Juventude no meio da neblina. Um dos estádios mais gelados do Brasil, o Alfredo Jaconi proporciona situações que parecem se repetir, como o volante Lauro em campo, o técnico Ivo Wortmann no banco e partidas em que o time da casa vence por 1 a 0 com um gol de cabeça aos 35min do segundo tempo.
Para um completamente fanático:
- Acompanhar a geral do Grêmio e descer as arquibancadas correndo depois de um gol. Requer uma certa coragem e habilidades atléticas razoáveis, mas a prática trazida das populares barras argentinas é o que há de mais vibrante para ser feito em uma arquibancada.
- Completar um álbum de figurinhas de futebol sem fazer encomendas pelo correio. Só quem juntou um álbum e colou a última figurinha sabe o verdadeiro significado da palavra felicidade. Ainda mais se o fã conseguir seus últimos cromos com uma pitada de sorte, trocando-os com amigos ou mesmo desconhecidos.
- Subir o túnel de acesso ao gramado antes de um grande clássico com os jogadores do seu time. Se há algumas experiências que fazem o coração subir até a garganta, essa é uma delas. As arquibancadas tremendo com o pulo da torcida e você, um pobre mortal, passando ali abaixo.
- Ser coberto por um bandeirão de torcida organizada. É o momento em que você possivelmente mais se sentirá realizado como torcedor de futebol, mais um entre todos aqueles malucos que, embaixo do pano, não assistem ao próprio show.
- Cortar o cabelo na barbearia do Seu Didi, cabelereiro do Pelé. Você pode ter a sorte de encontrar o Rei do Futebol mas, no fim das contas, há muitos outros ex-jogadores santistas que param para cortar o cabelo no salão em frente à Vila Belmiro. O personagem principal, naturalmente, é um grande contador de histórias.
- Subir em uma árvore, laje, morro ou prédio e ver um jogo qualquer de forma "clandestina". É mais uma daquelas experiências politicamente incorretas, mas bastante normais do futebol. Além de ver a partida de um ângulo novo, você irá economizar o dinheiro do ingresso e viver uma tarde ou noite de aventura.
- Conhecer o time de índios que disputa a segunda divisão do Campeonato Paraense. Se você mora no Centro-Oeste, no Sudeste ou ainda no Sul, precisará viajar um bocado para conhecer o Gavião Kyikategê, equipe formada e dirigida por índios que treinam carregando toras de madeira.
- Viajar no mesmo avião em que estão os jogadores de seu time. Nas alturas e, se possível, viajando para o exterior, você poderá conhecer a intimidade dos ídolos, tirar fotos ou até cobrar o gol perdido no último jogo.
Dica do Terra.
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