segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aconteceu, f*!


     Não bobear em momentos de pressão foi uma marca do São Paulo nas temporadas do tricampeonato com Muricy Ramalho. Por isso, os são-paulinos não foram tirados da liderança nos últimos anos: foram 55 rodadas como líder entre 2006 e 2008. A última vez que havia perdido a ponta foi na sexta rodada de 2004.

     Em 2009, o São Paulo esteve à frente nas jornadas 34ª, 35ª e 36ª. Mas, no domingo, caiu contra o Goiás e entregou a liderança ao Flamengo.
     Outro ponto decisivo para o São Paulo perder a liderança foi o desempenho defensivo ruim. Ainda dono da zaga menos vazada do Campeonato Brasileiro de 2009, o time de Ricardo Gomes sofreu sete gols nos últimos dois jogos, contra Botafogo e Goiás.
     Uma sequência defensiva tão ruim em dois jogos não acontecia ao São Paulo desde a temporada 2001. Depois de baterem o Cruzeiro por 2 a 1 na 26ª rodada do Brasileiro daquele ano, os são-paulinos levaram 7 a 1 contra o Vasco em São Januário.
     Levar quatro gols em um mesmo jogo também é incomum para o São Paulo e não acontecia desde a 15ª rodada do Campeonato Paulista de 2008, em clássico que o Palmeiras venceu por 4 a 1 - três gols deste jogo foram de pênalti.

Corintiano invasor

      Neste domingo, quase no final do jogo entre Corinthians x Flamengo, quando o árbitro assinalou pênalti a favor do Flamengo, um torcedor corintiano invadiu o gramado e correu em direção à grande área, mais especificamente em direção à bola, posicionada na marca da cal, na tentativa de chutá-la.  Um dos assistentes se posicionou frente à bola e tentou afastar o torcedor, com um chute na perna e uma tentativa frustrada de desferir-lhe um golpe com o instrumento designado à profissão. O torcedor foi identificado, contido pelos policiais e preso, conforme determina que seja feito.
      O pênalti, bem marcado, gerou muitas críticas, principalmente por parte do goleiro Felipe, que freqüentemente sorria e ironicamente aplaudia a marcação. Foi a origem do segundo gol rubro-negro, anotado por Léo Moura. Felipe nem se dispôs a tentar realizar a defesa, em sinal de protesto. Faltando uma rodada para o encerramento do campeonato, o Flamengo, com 64 pontos, é líder pela primeira vez, seguido por Internacional, Palmeiras e São Paulo, respectivamente, todos com 62 pontos.

Brasileirão, Penúltima rodada


     Corinthians x Flamengo: faltando apenas uma rodada pra consagração do campeão, pela primeira vez o Flamengo assumiu a liderança. A equipe fez sua parte e garantiu aclassificação para a Libertadores, depois de nova polêmica a respeito da "mala branca" supostamente cogitado que o Corinthians entregaria o jogo pra não ver o rival São Paulo campeão. Maracanã tem tudo pra ser um palco de uma grande festa rubro-negra, que nesse jogo não precisou fazer muito esforço, diante de um desmotivado Corinthians, que, visto que o valeu pros corintianos foi o primeiro semestre, sendo campeão da Copa do Brasil e ter alcançado o feito histórico de ser campeão paulista invicto após 30 anos de não acontecimento, nessse semestre já não tem grandes pretenções.
     O Corinthians aparentava estar mais organizado no início da etapa final, mas a boa marcação do Flamengo no meio campo impedia que Defederico e Elias conseguissem armar alguma boa jogada. Tanto que aos 4 minutos o Timão girou a bola de um lado para o outro e não encontrou espaço para tentar servir os atacantes.
     Diferentemente do primeiro tempo, quando atacou quase o tempo todo, o Flamengo estava mais recuado no segundo. Mas o Corinthians também não dava muito trabalho. A equipe paulista voltou a ter uma chance apenas aos 21. Chicão cobrou falta, mas bateu fraco na bola e facilitou para Bruno.

     Curiosidades: tal qual o ano passado, a utilização de camisa comemorativa por parte do Corinthians, mediante campanha "Timão é a minha cara" (?), em que torcedores pagavam durante o ano para terem exposta na camisa uma foto 3 x 4 sua na camisa.
     - O argentino Escudero, que em 8 jogos ganhou oito cartões amarelos.

     Destaque negativo: a invasão de um torcedor corintiano (mais detalhes em outra postagem).

     Fluminense x Vitória: enfim o Flu remou o suficiente pra sair da zona da degola, depois de 28 rodadas.

     Trecho do Terra (grifos meus):

      O Fluminense entrou na zona do rebaixamento no dia 12 de julho, depois de perder para o Santo André por 1 a 0, em casa, na décima rodada. A partir de então amargou as quatro últimas colocações até este domingo. A equipe carioca chegou a ter mais de 90% de chances de cair para a segunda divisão (mais precisamente 98%), mas agora depende apenas de si mesma para permanecer na elite do futebol nacional.
Com a vitória, o Fluminense chega aos 45 pontos, faltando apenas uma rodada para o fim do Campeonato Brasileiro. O Vitória, por sua vez, chegou sem muitas pretensões no Maracanã e se mantém com 47 pontos conquistados depois de 37 jogos.
      O triunfo diante de sua torcida faz o Fluminense chegar a sexta vitória seguida no Brasileiro. Além disso, a equipe comandada por Cuca não perde desde o dia 4 de outubro, quando foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 0. Desde então são dez jogos sem perder.

     Destaque negativo: a confusão causada por Bida e Mauricio, causando a expulsão de Diguinho e Leandrão.

     Cruzeiro x Coritiba: trecho do Terra (grifo meu):
     
     Depois de duas partidas sem vitória no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro voltou a fazer valer o mando de campo neste domingo e, de virada, derrotou o Coritiba por 4 a 1 em Belo Horizonte. Eliandro, Jonathan, Wellington Paulista e Henrique marcaram para o time da casa e Jéci fez o dos paranaenses.
      Com o resultado, o Cruzeiro toma a quinta posição do rival Atlético-MG e mantém as chances de disputar a Copa Libertadores. Com três pontos (62 a 59) de desvantagem e o mesmo número de vitórias do que os rivais, precisa vencer na última rodada o Santos, na Vila Belmiro, e torcer por uma derrota de São Paulo ou Palmeiras, que enfrentam Sport e Botafogo, respectivamente.
      O Coritiba, por sua vez, se aproxima da zona do rebaixamento e disputará a sobrevivência na Série A na próxima rodada contra o Fluminense, na capital paranaense. Caso não vença o jogo, dependerá de um resultado igual ou pior do Botafogo, queque tem os mesmos 44 pontos, mas duas vitórias a menos). Os cariocas enfrentam o Palmeiras no Rio de Janeiro.

     Trecho do globoesporte.com (grifo meu):

     Observados pelos cruzeirenses, os jogadores do Coritiba fizeram uma roda no gramado antes do início do jogo, mostrando mobilização e firmando um pacto pela vitória. 
     A festa celeste no Mineirão ganhou requintes de “sadismo”. A torcida entoou “Ei, flanelinha, eu já sabia que essa vaga era minha!” para provocar o rival Atlético-MG, que perdeu para o Palmeiras em São Paulo e foi superado pela Raposa na classificação.

     O Coritiba não tinha forças para reagir. Pelo contrário, levava seguidos contra-ataques. No fim, o Cruzeiro apenas segurou o resultado e esperou o apito final.

     Atlético-PR x Botafogo: num dia de futebol feio, valeu o esforço da equipe que mostrou maior organização, atenção e que contou com a força de sua torcida. O Atlético-PR garantiu permanência na Série A ao vencer por 2 a 0 o Botafogo, neste domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba. O resultado, por outro lado, deixou o Alvinegro seriamente ameaçado de rebaixamento, faltando uma rodada para o fim do Campeonato Brasileiro.

Techo do globo esporte. com (grifo meu):

     Apesar da movimentação e da luta dos jogadores, a partida teve péssimo nível técnico no primeiro tempo. Com muitos erros de passe, as duas equipes tiveram poucas chances claras de gol. O Botafogo entrou em campo com o claro propósito de segurar a bola, enquanto o Atlético, empurrado por sua torcida, tentava construir logo uma vantagem. Mas foi o Alvinegro que assustou aos três minutos, depois que Lucio Flavio cobrou escanteio, e Fahel acertou uma cabeçada na trave. No rebote, o camisa 10 cruzou novamente, e desta vez foi Wellington quem desperdiçou a cabeçada, mesmo sem marcação.      O Atlético-PR não conseguia se livrar da forte marcação do Botafogo e criava oportunidades se aproveitando dos contra-ataques. A primeira oportunidade do time da casa aconteceu aos 12 minutos, quando Márcio Azevedo driblou Alessandro dentro da grande área e chutou, mas a bola foi desviada pela zaga antes de chegar ao goleiro Jefferson.
     À beira do campo, Estevam Soares cobrava pressa dos jogadores do Botafogo, talvez já sabendo que Fluminense e Coritiba venciam suas partidas. No entanto, os alvinegros valorizavam cada cobrança de tiro de meta ou de lateral, mostrando satisfação com o empate sem gols. Aos poucos, o time visitante foi aparentando acomodação e, assim, dando espaços ao Atlético.
     Foi exatamente aproveitando a marcação pouco eficiente do Botafogo que o Atlético abriu o placar, aos 39 minutos. Após uma saída errada do Alvinegro, Paulo Baier recebeu pelo lado direito, venceu Leandro Guerreiro e tocou rasteiro para Wallyson, que apareceu na área em velocidade e escorou para fazer 1 a 0. O gol acalmou a torcida atleticana, que já começava a se irritar com os erros de seus jogadores.
     Pouco antes do apito final, os jogadores reclamaram com o árbitro Wilson Luiz Seneme, que não aplicou o que seria o segundo cartão amarelo a Wallyson por ter colocado a mão na bola. O atacante do Furacão foia advertido anteriormente por tirar a camisa ao comemorar o gol.
      O segundo tempo começou com o Atlético tendo a maior preocupação em tocar a bola e administrar sua vantagem. Mas a inoperância do Botafogo era tão grande, principalmente seu ataque, que a equipe da casa sentiu-se confortável para atacar. Aos cinco minutos, os jogadores rubro-negros reclamaram de um pênalti que teria sido cometido por Fahel em Valencia, mas o árbitro nada marcou.

     Logo em seguida, Estevam Soares mudou a estrutura da equipe ao substituir o nulo Ricardinho por Jônatas. Assim, Fahel foi recuado para a zaga, Renato adiantado para o ataque, e o Botafogo passou atuar no 3-5-2. Mas neste momento, nenhuma modificação era eficaz, pois o Alvinegro estava nervoso em campo e cometendo erros primários de passe.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             Diante da apatia do Botafogo, o Atlético-PR não precisou de muito esforço para marcar seu segundo gol, aos 19 minutos. Wallyson recebeu cruzamento de Marcinho da direita e, livre, escorou de cabeça para Paulo Baier, que subiu mais do que Leandro Guerreiro e cabeceou no canto direito de Jefferson.      Como última tentativa, o técnico Estevam Soares promoveu a entrada de Reinaldo. Mas a péssima organização da equipe falou mais alto, e o atacante teve poucas chances de ajudar. A partida terminou com festa e gritos de olé dos atleticanos e contornos de drama para os alvinegros.







        
     Grêmio x Barueri: o Grêmio conseguiu um feito memorável. É o primeiro time a conseguir se manter invicto em casa durante a temporada completa do Campeonato Brasileiro, a considerar-se a "Era dos Pontos Corridos". Foi o jogo em que o meio-campista Tcheco se despediu da torcida gaúcha. Ele está de saída. Destino provável é o Corinthians.

     Sport x Internacional: trecho do globoesporte.com (grifo meu):

     Era de se esperar um primeiro tempo de D’Alessandro, Alecsandro, Guiñazu, Kleber. Mas foi de Vandinho, Wilson, Fininho, Fabiano. O Inter passou a semana falando em ser campeão. E foi a campo para uma etapa inicial que beirou o ridículo. Não jogou nada. Parecia que o Colorado era o time matematicamente rebaixado, sem nada a fazer no Brasileirão, não o Sport. 
      O Leão saiu na frente. E foi justo, assim como seria justo se tivesse feito outros mais. O time de Mário Sérgio esteve perdido. O lado esquerdo defensivo foi uma avenida dedicada à passagem de Wilson. D’Alessandro se deu bem em todos os dribles que tentou. E errou todos os passes na sequência. Giuliano e Marquinhos correram, tentaram criar, lutaram para auxiliar Alecsandro. Mas não conseguiram. Sandro, inexplicavelmente mais avançado do Guiñazu, perdeu sua função natural.
      E o Sport foi guerreiro. Convivendo com a dor do rebaixamento, desfalcado de uma penca de jogadores, não se furtou a correr. O domínio no primeiro tempo foi dos pernambucanos. Desde o início da partida, estava escrito que o Leão faria um gol.
     O Inter até teve chances. Alecsandro tentou duas vezes no início do jogo. Errou ambas. D’Alessandro foi outro a arriscar chutes de longe, mas sem sucesso. A principal chance foi aos 34 minutos. Magrão buscou cabeceio de Alecsandro. Marquinhos, no rebote, não conseguiu concluir.
     Conforme passava o tempo, mais o Inter se atirava ao ataque, e mais o Sport ficava perto do gol. O time da casa sempre foi ameaçador. O gol, saído aos 40 minutos, não foi surpresa. Fininho mandou na área, a zaga comeu mosca, César desviou e Vandinho completou. Os jogadores do Inter ficaram estáticos, boquiabertos com o que estava acontecendo, enquanto os rubro-negros comemoravam.
     E o Colorado ainda piorou ao levar o gol. Logo depois de ser vazado, Lauro fez pênalti visível em Vandinho. O árbitro não deu nada. Wilson ainda perderia gol claro antes de terminar um primeiro tempo trágico para o Inter.
     Mário Sérgio percebeu o tamanho do estrago causado pelo primeiro tempo e voltou do intervalo com duas novidades no time. Saíram Danilo Silva e Marquinhos, entraram Glaydson e Edu. A ideia era deixar o time mais ofensivo. Na prática, seguiu o panorama da etapa inicial, com o Colorado atacando e convivendo com o contragolpe rubro-negro como veneno.
     A diferença é que o Inter conseguiu fazer o gol. Aos 22 minutos, Kleber recebeu de Giuliano pela esquerda, avançou em diagonal e mandou na saída do goleiro Magrão. Era o empate colorado.
    Renasceu a esperança. O Inter não quis saber dos riscos que fatalmente correria: se atirou ao ataque do jeito que deu, em busca de uma vitória essencial. Alecsandro, com 28 minutos, mandou cabeceio no canto esquerdo de Magrão. No momento em que a bola acertou a trave e não quis entrar, o título parecia virar pó. Mas aí apareceu o pé milagroso de Andrezinho. Em cobrança de falta de perfeita, aos 39, ele manteve o Inter na briga. E enquanto há vida, há esperança.


     Avaí x Santos: jogo em que Silas se despediu da torcida avaiana. Deve acertar com o Grêmio. Segundo ele, a questão financeira não teria sido o motivo. Jogo também em que o Santos garantiu definitivamente a sua vaga na Copa Sul-Americana.

     Trecho do globoesporte.com (grifo meu):

     Avaí e Santos entraram em campo sem grandes pretensões. O Peixe era um time desligado, que errava passes primários. Em apenas seis minutos, os visitantes deram dois gols de bandeja para o adversário. 
     Aos dois, o lateral-esquerdo Léo exagerou na força e fez pênalti no atacante Cristian, que bateu bem, no canto direito, e abriu o placar. Aos seis, foi a vez do outro ala santista vacilar. Pará tentou sair driblando adversários no campo de defesa. Pagou o preço da ousadia e perdeu a bola para Muriqui, que invadiu a área e tocou na saída de Felipe. O goleiro desviou, mas ela sobrou para Cristian marcar seu segundo gol no jogo.
      O Santos tinha mais posse de bola e trocava passes sem ameaçar, porém, o gol de Eduardo Martini. Os toques eram de lado, sem muita objetividade. A dupla de volantes do Avaí, Léo Gago e Ferndinando, marcava bem os meias alvinegros, Paulo Henrique Ganso e Madson. Assim, Kléber Pereira, isolado, era obrigado a buscar a bola, atrasando demais o jogo santista. O time da Ressacada, então, conseguia os desarmes com facilidade e se lançava em contra-ataques sempre com perigo. 

      Apesar do melhor momento do Avaí no jogo, o Peixe conseguiu diminuir, aos 28. Rodrigo Mancha fez jogada individual pela direita, invadiu a área e foi derrubado por Rafael. Pênalti, que Kléber Pereira cobrou bem, diminuindo o prejuízo santista. 
     Quando parecia que o Santos poderia equilibrar a partida, Adaílton foi expulso aos 31, pelo acúmulo de dois cartões amarelos. O técnico Vanderlei Luxemburgo, então, teve de tirar Madson para colocar o estreante Edu Dracena, e assim, recompor a zaga. 
     Com um jogador a mais, o Avaí intensificou a pressão e obrigou Felipe a fazer boas defesas. O Peixe apostava nos contra-ataques, mas sofria com os passes desperdiçados. Quando houve acerto, aos 45, Kléber Pereira perdeu uma chance incrível. Neymar largou o camisa 9 na cara do gol. O artilheiro, dentro da área, dominou, ajeitou o corpo, preparou o chute, mas pegou totalmente errado, e o chute saiu torto.
      O segundo tempo começou bem movimentado. Apesar de ter um atleta a menos, o Santos jogava de igual para igual e tentava empatar a partida. Teve duas boas chances: a primeira aos 15, quando Neymar cobrou falta da esquerda e quase surpreendeu Martini, que conseguiu espalmar. Depois, aos 16, foi a vez de Kléber Pereira desperdiçar mais uma oportunidade. Após cruzamento da direita, a bola sobrou para o atacante, que, livre, cabeceou para fora. O Avaí tentava responder nos contra-ataques. Aos 17, Capixaba apareceu livre dentro da área, dominou e chutou para fora. 

     O jogo passou a ter a seguinte tônica: o Avaí tinha a posse de bola e criava chances. E enquanto o goleiro Felipe segurava a onda lá atrás, o Peixe ia se virando nos contra-ataques. Aos 38, Edu Dracena subiu livre e cabeceou com estilo, obrigando Martini a fazer grande defesa. Em seguida, aos 39, veio o empate. Paulo Henrique chutou da entrada da área, colocado, e acertou o canto esquerdo do goleiro da equipe catarinense, que nem se mexeu: 2 a 2.
     Nos últimos minutos, o jogo ficou lá e cá, bastante movimentado. Aos 41, Anderson cabeceou à queima-roupa, e Felipe operou um milagre, tirando uma bola que ultrapassava a linha, para garantir o empate na Ressacada. 

     Santo André x Náutico: Trecho do globoesporte.com (grifo meu):

     Na entrada de campo, podia-se perceber a ansiedade dos jogadores de ambas as equipes, que precisavam de uma vitória a qualquer preço. Antes do apito inicial, o volante Fernando, de 42 anos, recebeu uma homenagem da diretoria do Santo André, devido ao seu último jogo como profissional. A tensão tomava conta dos times e influenciou os minutos iniciais do jogo. Os jogadores cometiam muitas faltas e foi de uma delas que o Santo André abriu o placar. Aos três minutos, Marcelinho Carioca cobrou, e Nunes subiu mais do que a zaga para fazer de cabeça. 
      O Náutico sentiu o gol e não se encontrava em campo. O Ramalhão aproveitou para ampliar, aos 18. Wanderley recebeu bom passe dentro da área e concluiu na saída do goleiro. O técnico Geninho reclamou muito na lateral pedindo vontade aos jogadores do Timbu. Surtiu efeito. Carlinhos Bala aproveitou uma cobrança de falta para diminuir. O atacante cobrou com categoria, sem chances para o goleiro Neneca. 
      A torcida do Santo André nem teve tempo para lamentar. No ataque seguinte, o Ramalhão fez o terceiro. Wanderley recebeu um lateral, avançou e tocou por cima do goleiro para marcar um golaço. No mesmo instante, o Coritiba levava o segundo gol do Cruzeiro e mantinha as esperanças do Santo André de escapar da degola.
     A etapa final começou agitada. Logo aos 12 minutos, Rômulo arriscou de fora da área, e o goleiro Glédson levou o famoso "frango''. 4 a 1 para o Santo André. O Timbu diminuiu no ataque seguinte. Anderson Lessa, que havia entrado no lugar de Irênio, fez o dele aproveitando um lance confuso na área do Ramalhão. 

     O Santo André, no entanto, se manteve melhor. Aos 29, Nunes aproveitou um cruzamento pela direita e fez seu segundo gol na partida: 5 a 2. Cinco minutos depois, Nilson ainda conseguiu diminuir para o Náutico. O jogador aproveitou um rebote da trave e completou para o fundos das redes. 
    Nos minutos finais, a melancolia tomava conta do banco de reservas do Timbu. Carlinhos Bala, que havia sido substituído, estava visivelmente transtornado com o fim do sonho de continuar na elite do futebol brasileiro em 2010. 

      Goiás x São Paulo: em ampla maioria nas arquibancadas, o São Paulo dominou também o início do jogo. Mesmo tendo apenas Washington no ataque, o Tricolor encontrou na movimentação de Jorge Wagner e Hugo uma ótima opção para confundir o trio de zagueiros do Goiás. Com toques rápidos, os paulistas não demoraram a criar boas oportunidades.
     No segundo tempo, o técnico Ricardo Gomes optou por não fazer alterações no São Paulo. A expectativa de uma melhora no rendimento, porém, não se confirmou. Hernanes continuou sonolento, prejudicando a armação. Na primeira jogada de perigo, foi Arouca quem arrancou e tocou para Washington. O centroavante tentou driblar Ernando na área e foi desarmado, reclamando muito de um toque de mão do adversário. Heber Roberto Lopes nada marcou.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Título é quase ilusão


      Segundo ano seguido. Novamente uma competição internacional. Novamente final. Novamente Fluminense e LDU. O que aparentemente seria uma oportunidade de revanche do Fluminense, após vice-campeonato da Libertadores ano passado, acabou por transformar-se em uma desgraça. Uma goleada que quebrou uma invencibilidade de 13 jogos (número sugestivo) e tornou a possibilidade de revanche e conquista da Copa Sul-Americana praticamente algo ilusório. Diferente de 2008,  o resultado foi ainda  pior - 5 x 1 conta 4 x 2. Dificilmente o Tricolor das Laranjeiras levantará o primeiro caneco internacional.
     Pior do que a goleada, é o fato de o solitário gol marcado fora de casa não auxilia a equipe brasileira, uma vez que gol fora de casa não é critério para desempate.
    O gol relâmpago, logo a um minuto de jogo, provocou efeito adverso ao esperado. Ao contrário do previsto, a LDU não se abalou e tão logo iniciou a pressionar. O Fluminense não soube aproveitar e recuou, dando espaço ao adversário.
     Na etapa complementar, nada mudou, e a LDU continuou a "massacrar" o Fluminense, que dificilmente tinha oportunidades de avançar a meia cancha. A goleada estava desenhada.
    Naturalmente, as defasagens técnica e táica não foram por si só determinantes para a goleada. O cansaço da viagem de 10 h do Rio a Quito, a altitude de 2.850 metros e a noite inspirada dos equatorianos foram fatores diretamente agravantes cruciais.
    Destaque para o jogador Méndez, autor dos três primeiros gols equatorianos. Se é que serve de consolo, ao menos os brazucas não perderam no zero e, curiosamente, Marquinho fez seu primeiro gol com a camisa do Flu.

Pode piorar

     Se a situação do Figueirense é muito ruim, pode piorar ainda mais. O clube usou a falta de regularidade em casa como justificativa pra não ter alcançado a elite do futebol brasileiro. Assim, estipulou como meta no ano vindouro obter um desempenho mais digno no Orlando Scarpelli.
     Porém, as chances de atuar diante do seu torcedor podem ser reduzidas, de uma a dez partidas. Na súmula do jogo contra o Duque de Caxias, o árbitro Wilson de Souza Mendonça relatou que:

     "Após o término do primeiro e do segundo período de jogo, os torcedores da equipe Figueirense F.C atiraram em nossa direção, equipe de arbitragem, rolos de papel higiênico molhados e cortados à metade, bem como um rádio portátil e uma carteira vazia.
     Afirmo ainda que somente não fomos atingidos em virtude da Polícia Militar ter usado escudos para nos proteger no momento em que entrávamos no vestiário da arbitragem. Houve policiamento desde o início até o término da partida."
    
     Assim, a equipe aparentemente infringiu o disportos o art. 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a citar, bem como sua pena:

     "Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos. Pena: multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil e perda de mando de campo de uma a 10 partidas."

     Ainda que não denunciado, o clube já  está mobilizado. Acrescidos ao departamento jurídico, foram acionados os departamentos inerentes à administração e segurança. Objetivo é identificar os responsáveis pela conduta a  fim de registrar ocorrência a ser anexada ao processo, se porventura vier a ser aberto.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Só pra constar # 2

  1. A Chapecoense agendou dois amistosos contra o São Luiz, de Ijuí (RS), o primeiro a realizar-se dia 16/12 em Ijuí e o segundo datado de 29/12 e Chapecó. O clube tenta negociar mais quatro amistosos, contra  Novo Hamburgo e São José, ambos do RS. Jogadores que disputaram a Série D do Brasileiro voltaram aos treinamentos semana passada. Novidade é Tuto. Não houve renovação com Cadu, e busca-se meia dúzia de seis reforços.
  2. Em 15 dias, Iarley deve ser apresentado oficialmente como novo reforço do Timão. Iarley só aguarda o fim do Brasileirão pra definir seu futuro, conforme dito por Clóvis Dias. O jogador já recebeu outras propostas de clubes brasileiros e estrangeiros.        

Brecha no regulamento da Copinha pode garantir o Metropolitano na Série D mesmo sendo vice

      Uma leitura atenta do regulamento da Copa Santa Catarina deste ano fez o Metropolitano comemorar um possível vice-campeonato. Já há dirigente de clube contestando, embora ineficaz após assinatura sem prévia leitura com a devida atenção.
     O motivo está no art. 4º do Regulamento da Copinha. Antes, uma explicação: o Campeão da Copa SC leva a segunda vaga catarinense na Série D de 2010, enquanto a primeira vaga é distribuída pelo Catarinense 2010.
     §Caso a associação que se sagrar a campeã da COPA SC/2009 já for integrante dos Campeonatos Brasileiros das Séries “A”, “B” , “C” ou “D” de 2010 ou vier a conquistar a primeira vaga da Federação Catarinense de Futebol do Campeonato Brasileiro da Série “D” de 2010 através de sua classificação no Campeonato Catarinense de Futebol Profissional da Divisão Principal de 2010, a segunda vaga da FCF no Campeonato Brasileiro de Futebol da Série “D” de 2010 será da associação que, dentre as não integrantes dos Campeonatos Brasileiros das Séries “A”, “B”, “C” e “D” de 2010, obtiver a melhor colocação nesta competição (COPA SC/2009), conforme o disposto no art. 12 deste Regulamento.

      Interpretando, caso o Joinville venha a ser o futuro campeão da Copa Santa Catarina, detém a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro 2010. Mas se o mesmo Joinville ficar à frente de Brusque, Herman Aichinger, Imbituba e Juventus no próximo Estadual, detém a vaga na Série D via Estadual e concede a segunda vaga ao Metropolitano via Copa Santa Catarina.
     Percebe-se notoriamente o quão claro o regulamento é, e o Metropolitano pode achar motivos para festejar um possível vice-campeonato da Copa Santa Catarina. Levando-se em consideração que o Joinville é um dos clubes dignos de favoritismo no Estadual, somente um fato pouco provável anula a possibilidade de o Metropolitano estar classificado à Série D do Campeonato Brasileiro 2010.

Pichação, justificativa e reuniões

     A torcida do Figueirense resolveu de uma das piores formas descarregar a sua revolta pela permanência  da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro em 2010. Anteontem, funcionários da equipe tiveram que apagar indesejáveis pichações feitas nos muros do Orlando Scarpelli. É mais um episódio do longo impasse e desentendimento entre diretoria e torcida nos tempos recentes. Nos muros, constavam frases como "honra essa camisa", demonstrando a compreensível indignação da torcida.
    Não é pra menos, a torcida tem outro fator negativo a lamentar: durante a competição, nos jogos realizados sob seus domínios, a equipe desperdiçou 19 pontos. Em clima de velório, dirigentes e jogadores foram unânimes em apontar justamente o desperdício de pontos em casa como fator decisivo para a permanência.  Somaram-se seis derrotas e apenas um empate.
    Esta semana é de avaliações e já é certo que demissões haverão, bem como adiantamento de férias aos jogadores que ficarão. Segunda-feira começaram algumas reuniões, mas não houve divulgação de nomes. Especula-se que o goleiro Wilson é um dos que permanecerão.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os postulantes

      Em evento realizado hoje de manhã, no Museu do Futebol, em São Paulo, Dunga anunciou os postulantes à seleção do Campeonato Brasileiro Série A 2009, bem como os pré-selecionados a Craque da Galera, Prêmio Revelação, Melhor Técnico e Melhor Árbitro. A predominância fica por conta dos jogadores de Flamengo e Palmeiras.
     A considerar o técnico Andrade, o Flamengo possui oito pré-selecionados, contra seis do time paulistano. O líder São Paulo possui apenas três, menos do que o Internacional, que possui quatro pré-selecionados. O Flamengo só não teve indicações nas posições: zagueiro pela direita, lateral-esquerdo, meio-campo pela direita e primeiro atacante.
 
     A  lista completa é:


Goleiros
Bruno (Flamengo)
Marcos (Palmeiras)
Victor (Grêmio)
Lateral direito
Jonathan (Cruzeiro)
Leo Moura (Flamengo)
Vitor (Goiás)
Zagueiro pela direita
Andre Dias (São Paulo)
Chicão (Corinthians)
Danilo (Palmeiras)
Zagueiro pela esquerda
Miranda (São Paulo)
Réver (Grêmio)
Ronaldo Angelim (Flamengo)
Lateral esquerdo
Armero (Palmeiras)
Júlio César (Goiás)
Kléber (Inter)
Volante pela direita
Hernanes (São Paulo)
Pierre (Palmeiras)
Williams (Flamengo)
Volante pela esquerda
Guinazu (Inter)
Maldonado (Flamengo)
Sandro (Inter)
Meia pela direita
Cleiton Xavier (Palmeiras)
Diego Souza (Palmeiras)
Souza (Grêmio)
Meia pela esquerda
Conca (Fluminense)
Marcelinho Paraíba (Coritiba)
Petkovic (Flamengo)
Primeiro atacante
Diego Tardelli (Atlético-MG)
Fernandinho (Barueri)
Fred (Fluminense)
Segundo atacante
Ronaldo (Corinthians)
Adriano (Flamengo)
Iarley (Goiás)
Técnico
Andrade (Flamengo)
Celso Roth (Atlético-MG)
Silas (Avaí)
Revelação
Fernandinho (Barueri)
Giuliano (Inter)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Árbitro
Heber Roberto Lopes
Paulo Cesar de Oliveira
Leonardo Gaciba
Craque da Galera
Conca (Fluminense)
Hernanes (São Paulo)
Petkovic (Flamengo)

     Na minha modesta opinião, a seleção seria:  Bruno, Jonathan, Chicão, Réver e Júlio César; Hernanes, Guiñazu, Diego Souza e Petkovic; Diego Tardelli e Adriano. O Melhor Técnico seria o Andrade. Revelação seria o Giuliano. O Melhor Árbitro seria o Paulo César de Oliveira e o Craque da Galera o Petkovic.

Viola no saco


     O Brusque pode botar a viola no saco, após a derrota para o Joinville, em casa, ontem. A equipe não jogou, o Joinville simplesmente passeou, fez 3 x 0, fez saldo, e ainda a goleada poderia ser maior. Logo a um minuto de jogo, saiu o primeiro, e até os 33 saíram os outros. E quase fez mais dois. O Brusque taticamente não funcionou, não criou, não rendeu, nada fez. Elenco atual não é competente o quão deveria ser para o Campeonato Catarinense 2010. Se é que houve algo aproveitável, foi o fato da máscara ter caído, e agora é hora de pensar no ano que vem, com alterações de cunho substancial.
     A respeito da partida, não há muita coisa a comentar, pois o Joinville passeou em campo, tal qual a equipe de basquete que patrolou a brusquense na final dos Jasc. Não há discussão. Era evidente a superioridade técnica e física da equipe.
     Tão somente três jogadores ainda são dignos de titularidade no Brusque ano que vem: o goleiro Fabiano Heves, o zagueiro Thiago e o atacante Giovane. Há de se fazer uma profunda análise sobre a permanência de Suca no Brusque. Nenhuma objeção contra a função de técnico em si, mas já se percebe a necessidade de um novo gás na equipe, tal qual uma alternância é importante no campo político. O Brusque precisa de uma mudança radical no seu rumo. Diretoria não está se mexendo, e isso preocupa, e muito. O mercado de jogadores cada vez se restrita mais, a diretoria não se decide a respeito do "fica ou não fica", e o torcedor fica só na expectativa, esperando angustiado e preocupado.

Muitos erros e pouca técnica

     Partida de muitos erros e pouca técnica entre Criciúma e Atlético-Ib, em Criciúma, pela Copa Santa Catarina. 3 x1 Criciúma, no último jogo em casa, na reta final da competição. A equipe fez sua obrigação, diante do pouco público presente, soma agora oito pontos e ocupa a vice-liderança do returno.
     Aos 29, Roni abriu o placar, 1 x 0 Criciúma. Na segunda etapa, mais pressão do Tigre e 2 x 0, com Lucca, aos cinco. A partir desse instante, o Atlético-Ib foi pra cima e descontou aos 29. Gol de Daniel, de cabeça. Aos 40, Leandro Branco sofreu pênalti e Marcelo Moscatelli fechou o placar. Quarta derrota seguida do Atlético-Ib no returno.

Criança Feliz

     No domingo, no segundo jogo da final da Copa Santa Catarina, bastava um empate para o Imbituba ser campeão. Mas a equipe não teve dó nem piedade e meteu uma sapatada de cinco no Juventus. Logo a dois minutos de jogo, Julhinho abriu o placar. Começaram-se os gritos de "é campeão". O segundo veio aos 33; gol de Allan. Clima de festa no estádio. Ao voltar do intervalo, o Juventus veio a campo sob os gritos de "vice-campeão".
     Logo aos cinco da segunda etapa, o Imbituba aumentou a vantagem, com Leonardo. Aos 20, Allan anotou seu 19º na Divisão Especial. Pra piorar, depois, o Juventus ficou com menos dois (Edson Galvão e André Bocão foram expulsos). O jogo ficou muito mais fácil para o Imbituba. Aos 35, Felipe Oliveira, ex-Figueirense, fechou a tampa do caixão.
      Agora, o Imbituba parece uma criança feliz. Tudo é motivo de festa e alegria: o acesso inédito à elite, a goleada em casa e o título, também inédito. Não é pra menos. Mas daqui pra frente vai seguir os rumos de Cidade Azul e Marcílio Dias, certamente. Mesmo com Joceli dos Santos como técnico.

Intrigas, brigas, falta de planejamento, erros, irregularidade e incompetêcia. Tudo isso ao som da marcha fúnebre como trilha sonora. Só agora a ficha caiu. Vem aí várias mudanças...

      Sábado, 21 de novembro de 2009. Compromisso marcado. Figueirense x Duque de Caxias, último jogo em casa do Figueirense. As intrigas e brigas internas, as falhas no planejamento da equipe, a incompetência evidente, os erros bobos, as partidas perdidas, que estavam tidas como ganhas, a irregularide de atuação dentro dos campos durante o campeonato, tudo isso já tinha feito surgir uma trilha sonora para a equipe: a marcha fúnebre. A certeza de que num dia não muito distante o caixão se fecharia. Era a morte precoce do sonho de voltar à elite. Não adiantava mais contar com o  magistral e efetivo  apoio da torcida e torcer por combinações de resultado: não surtiria qualquer efeito. O Atlético-GO fez tudo aquilo que o Figueirense não fez.
     A desclassificação já vem de longa data.  Começa pela falta de planejamento na estruturação da equipe e infelizes contratações de muitos jogadores ineficazes. As intrigas entre dirigentes e brigas e afastamento de jogadores por indisciplina também foi um quesito contumaz. As derotas e desperdícios de pontos para times como América-RN e Campinense, como exemplos claros, também tiveram sua parcela de culpa, assim como as muitas falhas de jogadores e, por conseqüência a irregularidade da equipe durante o campeonato ajudaram a fechar o caixão.
      No dia do jogo, cena patética acontecida no decorrer do almoço no hotel de concentração. Um dos auxiliares de Márcio Araújo e o supervisor de futebol Baré se desentenderam, motivados pela não escalação de um jogador não revelado. Pois é!
      Vamos ao jogo: o Duque de Caxias entrou em campo tranqüilo, enquanto notava o nervosismo dos alvinegros em virtude do comparecimento de mais de quinze mil espectadores. No primeiro tempo, o time  da casa não criou chances, melhorando apenas nos minutos iniciais do segundo. Mas deixou a ansiedade novamente tomar conta e praticamente faleceu quando, aos 13, Gilcimar abriu o placar. Três minutos após, os visitantes anotaram seu segundo. Leandro Chaves aproveitou lançamento de Gilcimar e fez o seu.
     A partir de então, a torcida passou a praticar gritos de "olé" em todas as oportunidades que o Duque de Caxias tinha de tocar na bola. Foi somente aos 47 que Paulo Sérgio descontou. Não havia tempo pra mais nada.
     Após o derradeiro confronto, o diretor de futebol Thiago D´Ivanenko concedeu entrevista à imprensa e tentou justificar o injustificável: "Não foi só esse resultado que nos deixou nessa situação incontornável. O fato é que a gente não conseguiu atingir o sonho que era de todos nós. O sentimento é pior do que o ano passado. Eu sei bem o que o torcedor tá sentindo", disse ele. O técnico Márcio Araújo também se desculpou por não conseguir levar o time ao acesso. Reconheceu as suas falhas, que, mesmo antes do sonho do acesso não se configurar, já era questionado por algumas opções por ele optadas, a saber: não aproveitamento de Jeovânio, afastamento de Edson (zagueiro titular) em um momento crucial para a equipe, e a insistência em deixar Schwenck, terceiro melhor colocado na classificação dos artilheiros da equipe, no banco, mesmo quando a vitória  era de suma importância.
     A torcida só perdoou três nomes: o goleiro Wilson (com justiça), Fernandes (com mérito) e Roberto Brum. Todos os demais ouviram apupos a despeito de si. Muitos encerram seus vínculos com a equipe mês que vem, e não irão renovar, tal como os provindos de empréstimo, a exemplificar Egídio, Paulinho, João Filipe, Maicon, Paulo Sérgio e Vinícius Pacheco.
      A partir de agora, começa uma reestruturação. A direção de futebol será reformulada. O diretor-superintendente Thiago D´Ivanenko irá abandonar o posto. O departamento é taxado como o grande vilão da temporada 2009, com erros de contratações, estratégias equivocadas e demora na tomada de decisões. A principal e mais criticada foi a aposta em Roberto Fernandes, que dizem ter arruinado  a estrutura tática da  equipe. Os reforços e a condução do grupo foram dois outros desastres. Marcos Baré foi outro que contribuiu negativamente para a estabilidade do grupo com ingerências nas escalações do time.
     As primeiras mudanças hão de ser confirmadas esta semana e podem atingir diferentes setores, da direção do grupo de atletas, além da comissão técnica. A temporada foi marcada por diversos problemas, a exemplificar equívoco na montagem do elenco e demora na troca de Roberto Fernandes por Márcio Araújo. Devem sair, além de Márcio Araújo, os auxiliares Luiz Henrique Dias e José Luiz Santana, e  o preparador Marcelo de Rezende, trazidos por Márcio.
     Ficou para o ano próximo o projeto de execução de um novo estádio. Idéia inicial era começar a obra esse ano, plano postergado para que o investimento desse ano pudesse ser focado na busca pelo acesso. Com a meta não atingida, está de retorno à pauta o assunto. Clube confirmou busca por novas parcerias. Uma delas é bastante provável, a com o empresário Eduardo Uram. Cogita-se que o diretor-presidente Paulo Prisco Paraíso possa fazer parte do novo grupo investidor junto à Figuirense participações, ou quem sabe até mesmo deixar o clube, conforme cogitado por Paulo há alguns meses.
    Faltando apenas um jogo a encerrar a participação na Série B, o Figueirense possui 60 pontos conquistados, 19 triunfos, três empates e 15 derrotas. No final de semana, encara o São Caetano, em São Caetanodo Sul, no Estádio Anacleto Campanella.   

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A briga contra a degola

     No outro extremo da classificação, o Fluminense somou mais uma grande vitória à recuperação incrível no returno do Campeonato Brasileiro, mas segue na zona do rebaixamento. Botafogo, Náutico e Santo André ganharam, acendendo o sinal de alerta para a dupla Atlético-PR e Coritiba, que tropeçou.
     Se tivessem perdido, Santo André (que venceu o Avaí) e Náutico (que ganhou do Corinthians), já teriam o rebaixamento decretado. No entanto, os pontos somados deram à dupla a sobrevivência para as duas rodadas finais, por mais que a queda ainda seja eminente.
      Por conta da derrota do Coritiba, em visita ao Santos, e do empate em casa do Atlético-PR, contra o Cruzeiro, o cenário ficou completamente aberto para o Botafogo, de grande vitória contra o líder São Paulo, e para o Fluminense, invicto desde a 27ª rodada.
     Na prática, o Flu de Cuca só depende de suas próprias forças para permanecer na elite. Se vencer o Vitória no Maracanã, no próximo domingo, o tricolor carioca vai ao Couto Pereira precisando de mais três pontos para sair da zona de rebaixamento na 38ª rodada.

A briga nas cabeças

     A três rodadas do fim, o Campeonato Brasileiro não perdeu o hábito de ver seus líderes hesitarem e desperdiçarem pontos que pareciam bem possíveis. Na 36ª jornada, o Internacional foi o único dos sete primeiros a vencer seu compromisso, o que lhe coloca definitivamente na briga pelo quarto título brasileiro mais uma vez.
      O domingo do Brasileiro foi eletrizante e teve o Engenhão como o grande cenário dos jogos das 17h (de Brasília). O atacante Jóbson comandou o Botafogo que precisava vencer o São Paulo para seguir fora do rebaixamento: fez dois gols, deu uma assistência e também esperanças ao Flamengo, favorito no Maracanã diante do já descompromissado Goiás.
      Jogando para 83 mil torcedores para somar três pontos e assumir a liderança a dois jogos do fim, o Flamengo parou na forte marcação do Goiás e em seu próprio nervosismo, não saindo de um 0 a 0 decepcionante. Como prêmio de consolação, apenas o fato de ver a distância para o São Paulo cair para um só ponto.
      Tudo isso beneficiou o Internacional, que venceu o primeiro dos confrontos diretos contra os primeiros colocados no returno. O Atlético-MG segue caindo e foi batido pelos gaúchos em pleno Mineirão graças a um gol isolado de Giuliano.
     Com três pontos pontos a menos que o líder São Paulo e dois em relação ao Flamengo, mas o mesmo número de vitórias, o Internacional precisa vencer Sport (fora) e Santo André (casa). Se os paulistas perderem um e os cariocas empatarem outro, esse cenário levaria o título ao Beira-Rio.
O fim de semana deu até novo ânimo ao Palmeiras, que tem 59 pontos e, apesar da crise instalada, três de distância para o primeiro lugar. Difícil mesmo ficou para os mineiros Cruzeiro e Atlético-MG, que veem o G-4 também a três pontos de distância após nova rodada sem vitória. Por fim, o Avaí perdeu para o Santo André e quase não tem mais chances de vaga na Libertadores.

Brasileirão Série A - jogos de ontem


      Flamengo x Goiás: maior público do ano no futebol basileiro. Flamengo frustrou a expectativas de assumir a liderança. Goiás postado na defesa durante toda a partida. Se defendeu bastante e contou com o nervosismo do adversário para segurar o placar.
     Com o empate dentro de casa, o Flamengo perdeu a oportunidade de assumir a liderança e tem agora 59 pontos, um a menos que o São Paulo. Enquanto isso, o Goiás fica ainda na nona posição, com 51 pontos.
     Pressionado pela necessidade de vitória para assumir a liderança do Brasileiro, o Flamengo não conseguiu levar muito perigo ao Goiás na primeira etapa no Maracanã. Aos 21min, Petkovic cobrou falta rente à trave de Harlei, na melhor chance flamenguista antes do intervalo.
    Com espaço para os contra-ataques, o Goiás ameaçou em duas oportunidades no primeiro tempo. Com Fernandão, aos 18min, e com Léo Lima, aos 42min, em duas belas defesas do goleiro Bruno.
O Flamengo voltou mais aceso do intervalo Aos 10min, já havia ameaçado em três ocasiões, com Willians, Juan e Petkovic. O sérvio voltou a levar perigo aos 21min, em duas finalizações na mesma jogada, com boa participação do goleiro Harlei.
     Com Kléberson e Fierro, que entraram nos lugares dos cansados Willians e Petkovic, o Flamengo continuou em cima dos goianos. O chileno disparou pela ponta direita, aos 35min, e colocou para o meio da área, mas a zaga se antecipou e impediu finalização de Adriano.
      O Flamengo pressionou nos instantes finais, especialmente em bolas aéreas e escanteios, com a presença do goleiro Bruno. O Goiás segurou o empate nos cinco minutos de acréscimos. Nas duas rodadas finais, o Flamengo enfrenta o Corinthians, no Brinco de Ouro da Princesa em Campinas, e fecha sua participação no Maracanã, contra o Grêmio. O Goiás recebe o São Paulo no Serra Dourada e fecha participação contra o Vitória no Barradão. 


      Atlético-MG x Internacional: nesta "gangorra" que atingiu todos os times do Campeonato Brasileiro, com o Internacional a coisa não podia ser diferente. Depois de entrar em crise, demitir o técnico Tite e começar a pensar em 2010, a equipe colorada engrenou, derrotou o concorrente direto Atlético-MG por 1 a 0, neste domingo, no Mineirão, e alcançou o terceiro lugar na classificação geral, voltando a mirar no título. Giuliano marcou o gol do jogo.
      Comandado por Mário Sérgio depois que Tite deixou o cargo, o Inter agora soma 59 pontos e leva vantagem sobre o ex-líder e agora quarto colocado Palmeiras no número de vitórias (17 a 16). Já o Atlético-MG é o quinto, com 56, com chances remotíssimas de título e a partir de agora voltado exclusivamente à briga por uma vaga na Libertadores.
      Durante a semana, o técnico Mário Sérgio prometeu armar o Inter para joga r no erro do Atlético-MG. E foi o que os colorados fizeram: inteligentes, eles marcaram o rival e ainda abriram o placar aos 15min, depois que Alecsandro recebeu na esquerda, tocou com categoria na saída de Carini e a bola bateu na trave antes de Giuliano pegar a sobra e marcar.
      Veloz e irritado com as marcações do árbitro Cléber Wellington Abade, o Atlético-MG partiu para cima do Inter em busca do empate, mas parou na boa marcação do time gaúcho. A pressão mineira, aliás, se intensificou na etapa final, principalmente com Diego Tardelli e Ricardinho, só que o empenho do time não foi suficiente para mudar o placar.
      No próximo domingo, às 17h (de Brasília), o Atlético-MG tem um duelo direto na briga pela vaga na Libertadores diante do Palmeiras, no Palestra Itália. Com o Internacional não é diferente: a equipe encara o já rebaixado Sport, na Ilha do Retiro, e pode se garantir na competição com uma vitória somada a um triunfo alviverde e uma derrota do Cruzeiro. 


      Botafogo x São Paulo: foi suado, sofrido, mas o Botafogo conseguiu derrotar o líder São Paulo e se manter fora da zona de rebaixamento nesta antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Com um gol de Jóbson, marcado nos instantes finais de jogo, o time alvinegro venceu o duelo por 3 a 2 e só não ameaçou a condição de líder do rival porque o Flamengo empatou com o Goiás e não conseguiu ultrapassá-lo na rodada, apesar de diminuir a distância para um ponto.
      Com a vitória, o Botafogo passou a somar 44 pontos e se manteve a dois do Fluminense, que também venceu na rodada. Já o São Paulo parou nos 62 e viu o Flamengo se aproximar com 61. Internacional e Palmeiras, ambos com 59, completam o G-4 do Brasileiro.
      O Botafogo começou a partida com gás total, foi para cima do São Paulo e, de forma merecida, abriu o placar do jogo. E com estilo. Aos 14min do primeiro tempo, Jóbson avançou com a bola dominada, driblou   Renato Silva e acertou o ângulo esquerdo de Rogério Ceni. Um golaço.
      A pressão botafoguense, porém, não continuou depois do gol de Jóbson, o que permitiu ao São Paulo se lançar ao ataque e buscar o empate. Poucos chutes foram disparados em direção à meta de Jeferson, mas o time paulista atingiu seu objetivo aos 50min, com Washington, escorando de cabeça um cruzamento da esquerda.
     Mas apesar da paciência e do apoio de sua torcida, pouco vistos ao longo da temporada, o Botafogo mostrou logo uma acomodação com a vantagem adquirida. Ao mesmo tempo que recuou, o São Paulo, diante da necessidade da vitória, avançou sua marcação e passou a tomar conta das ações ofensivas, seja nos contra-ataques ou bolas aéreas. Mas sem criar grande risco para o oponente.
     Nervoso, o Botafogo usava o recurso do chutão para afastar o perigo de sua área. Além disso, contava com a demorada reposição de bola das gandulas, fato que revoltou o sereno técnico Ricardo Gomes. Enquanto isso, Arouca, Junior Cesar e Jorge Wagner investiam nos avanços pelo lado esquerdo, nas costas de Alessandro. 
     Foi em um contra-ataque que o São Paulo criou sua primeira chance de perigo no primeiro tempo. Mas apenas aos 42 minutos. Depois de uma tentativa errada de corte de Leandro Guerreiro, Marlos avançou desde o campo defensivo e arriscou de fora da área. Jefferson voou para fazer grande defesa, espalmando a bola no ângulo direito.
     O Botafogo, no entanto, teve uma oportunidade ainda mais clara aos 45. Jobson recebeu passe dentro da área e, frente a frente com Rogério Ceni, chutou de forma bisonha, desperdiçando uma chance muito mais simples do que o gol que marcara no início da partida. 
     Mas se o Alvinegro se preocupava com o relógio, já pensando no intervalo, o São Paulo insistia no ataque, aproveitando o nervosismo e a insegurança do adversário. E logo depois de Miranda acertar a trave com um chute de fora da área, Junior Cesar cruzou pelo lado esquerdo, e Washington subiu mais do que Wellington para cabecear e empatar a partida aos 50 minutos.
O segundo tempo, aliás, foi tão eletrizante quanto o primeiro. O São Paulo foi esperto em uma cobrança de lateral e fez o segundo com Jorge Wagner, aos 11min, após passe de Washington. O Botafogo, porém, não demorou a empatar novamente o confronto: aos 13min, Renato cabeceou embaixo da trave e deixou tudo igual.
      Com as expulsões de Richarlyson, aos 25min, e Juninho, aos 39min, o jogo ficou mais aberto e quem aproveitou os espaços foi o Botafogo: aos 44min, Jóbson dominou a bola na área, se livrou de Miranda e superou Rogério Ceni: 3 a 2. O atacante, aliás, foi expulso depois de tirar a camisa - mesmo destino de Rodrigo Dantas, que cometeu falta dura em Zé Luís.
     No próximo domingo, o Botafogo tem um duelo direto na luta contra o rebaixamento à Série B: a equipe carioca enfrenta o Atlético-PR, às 17h (de Brasília), na Arena da Baixada. Já o São Paulo voltará a jogar fora de casa, desta vez contra o Goiás, no mesmo dia e horário. 


     Sport x Fluminense: o Fluminense não para de ganhar no Campeonato Brasileiro: neste domingo, visitou o já rebaixado Sport, na Ilha do Retiro, e levou três pontos valiosos para o Rio de Janeiro. Com direito a mais um de Fred, o Flu venceu por 3 a 0 e já respira mais aliviado ao fim desta 36ª rodada.
      Apesar do resultado conquistado em Pernambuco, o Fluminense, que subiu para 42 pontos, segue entre os quatro últimos. Já o Sport, com a queda decretada, permanece com 31 pontos, na lanterna.
      Nos últimos nove jogos pelo Campeonato Brasileiro, foram seis vitórias e três empates do Fluminense, que ainda superou Universidad do Chile e Cerro Porteño para chegar até a decisão da Copa Sul-Americana. Fred, de quebra, chegou a 11 gols nos 12 jogos desde o retorno após lesão.
     Na Ilha do Retiro, o primeiro tempo teve poucas emoções. As duas melhores chances foram do Fluminense, com Dieguinho. Na primeira, o lateral finalizou e foi contido pelo goleiro Cléber. Na segunda, bateu para fora, livre, mas estava impedido.
     Após o intervalo, o Fluminense voltou disposto a reagir. Já com 1min, Maurício, que pintou na equipe no lugar do suspenso Diguinho, chutou forte, mas parou em Cléber. No rebote, Conca perdeu.
     O primeiro gol veio aos 21min: Fred teve grande chance, mas Cléber realizou um milagre. No escanteio, Zé Antônio cabeceou para as próprias redes e marcou contra.
     Impossível no jogo, o Fluminense ampliou aos 28min. Conca atravessou o campo em contra-ataque, carregou a bola e serviu Fred, que só empurrou para o gol vazio. 
     Nesta altura, o público da Ilha do Retiro já deixava o estádio, mas o Fluminense encontrou tempo para marcar o terceiro: aos 41min, Kieza passou para Conca, que entrou na área e chutou forte, sem chances para o goleiro Cléber.
     Nas últimas duas rodadas, o Fluminense recebe o Vitória no Maracanã e, por fim, vai até o Paraná enfrentar o Coritiba, em jogo que pode ser vital para a permanência. O Sport atua novamente na Ilha do Retiro contra o Internacional e, na última rodada, participa do jogo que pode definir o Brasileiro: visita o São Paulo, em partida com mando de campo ainda indefinido.


      Vitória x Barueri: precisando da vitória para afastar o perigo do rebaixamento, o Vitória começou pressionando o Barueri. Apostando nas jogadas de velocidade do atacante Neto Berola, os donos da casa criaram problemas para o trio de zaga da Abelha, formado por Xandão, André Luís e Daniel Marques.
     Contudo, a primeira chance ocorreu por parte do Barueri. Aos 13min, Val Baiano arriscou do meio-campo e por muito pouco não surpreendeu o goleiro Viáfara. Apesar da oportunidade, os paulistas seguiam recuados e levaram um susto aos 36min, quando o Vitória iniciou uma pressão contra o gol de Renê.
      Leandro Domingues arriscou de fora da área e carimbou a trave direita de Renê. Poucos instantes depois, Neto Berola fez boa jogada individual e chutou com perigo à meta do Barueri. Apesar de tanta pressão, os mandantes abriram o placar somente no segundo tempo.
      Logo a um minuto, Fábio Ferreira levantou para a área e Leandro Domingues, de pé direito, balançou as redes. O meio-campista antecipou a zaga do Barueri e abriu o marcador.
      O tento de Leandro Domingues animou o Vitória, que ampliou aos 10min. Depois de cruzamento da direita do lateral Nino, Roger subiu mais alto que a defesa rival e marcou o segundo para os baianos. Enquanto o primeiro tento animou o rubro-negro, o segundo trouxe tranquilidade para a equipe de Vagner Mancini.
      Por outro lado, o Barueri externou o nervosismo e ficou com um jogador a menos aos 16mi. O atacante Otacílio Neto, que entrou no intervalo no lugar de Flavinho, desferiu uma cotovelada no meio-campista Bida e enterrou qualquer chance de reação dos paulistas. Entretanto, a estrela do artilheiro Val Baiano brilhou mais uma vez. Aos 46min, o centroavante diminuiu o marcador e anotou o seu 16ª gol no Brasileiro.
      As equipes retornam a campo no próximo domingo, às 17h (de Brasília). O Vitória segue em Salvador e receberá o desesperado Fluminense, que ainda briga para evitar o rebaixamento à Série B. Por outro lado, o Barueri vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio, melhor mandante do Campeonato Brasileiro.


     Santo André x Avaí: A partida foi bastante movimentada e, já no primeiro tempo, teve várias chances de gol para ambas as equipes, exigindo trabalho dos goleiros. Aos 22min, em jogada suspeita, o árbitro Djalma Beltrami assinalou pênalti de Eltinho em Rodriguinho. A cobrança foi de Marcelinho Carioca e Eduardo Martini chegou a tocar na bola.
      Eduardo Martini apareceu bem aos 33min, impedindo gol do Santo André após forte chute de Ávine, de fora da área. A resposta do Avaí veio com Caio, que fez fila pela ponta direita e encheu a bomba: Neneca operou um milagre.
     Melhor no jogo, o Santo André ampliou a vantagem já no reinício. Com 9min, após rápido contragolpe, Camilo lançou Wanderley, que colocou a bola no ângulo, sem chances de Eduardo Martini. Aos 12min, o Avaí diminuiu, após jogada individual de Muriqui, que acabara de entrar.
     Com muita disposição ofensiva, o Santo André novamente ampliou: em novo lance de velocidade, Camilo foi quem finalizou, aos 21min. Não demorou e o Avaí encontrou as redes aos 30min: Muriqui bateu e Neneca defendeu com o rosto. Caído no lance, o goleiro nem viu Marquinhos receber de Luís Ricardo no rebote e empurrar para o gol. No fim, Camilo, aos 48min, fechou a vitória andreense.
     Na próxima rodada, o Santo André tem jogo fundamental na luta contra o rebaixamento, recebendo o Náutico. O time paulista fecha sua participação no Beira-Rio, contra o Internacional. Já o Avaí, recebe o Santos no próximo domingo e completa o Brasileiro contra o Náutico, nos Aflitos.



      Santos x Coritiba: o jogo era decisivo para Santos e Coritiba e as equipes entraram em campo em busca da vitória para se afastar de vez da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Porém, só um time jogou em campo. Em uma das melhores atuações da equipe na competição, o Peixe fez 4 a 0 com extrema facilidade. E o placar final não refletiu o que foi a partida. Se tivesse caprichado nas finalizações, os comandados de Vanderlei Luxemburgo teriam aplicado uma goleada histórica em campo, tamanha a superioridade em campo.
      Com a vitória, o Peixe foi aos 48 pontos, permaneceu na 12ª colocação e já não tem mais chances de jogar a Segundona em 2010. Já o Coxa, que sofreu a sua 16ª derrota em 36 partidas, estacionou nos 44 e voltou a ficar ameaçado de voltar para a Série B, competição que disputou na temporada de 2006.      O Santos entrou em campo com a formação pedida pelo seu torcedor, com Madson e Paulo Henrique na armação e Neymar e Kléber Pereira no ataque. No Coritiba, o técnico Ney Franco apostava suas fichas em Carlinhos Paraíba, para organizar o setor de criação, e Marcelinho Paraíba, artilheiro da equipe na competição, com 14 gols marcados.
     O passeio santista começou aos dois minutos, quando Paulo Henrique chutou de fora da área, e Vanderlei defendeu em dois tempos. Aos cinco, o goleiro do Coxa falhou na saída de bola e Madson quase marcou. Quatro minutos depois, Pará cruzou da direita, e Paulo Henrique cabeceou no ângulo direito de Vanderlei, que voou e mandou para escanteio.
      O gol era apenas uma questão de tempo. Depois de Kléber Pereira perder uma oportunidade aos 17, após passe de Paulo Henrique, Madson fez a festa da torcida aos 22. Ele cobrou falta pela direita, a bola passou por toda a área e morreu no canto direito de Vanderlei, que saltou e não alcançou a bola. O Coritiba mal teve tempo para respirar. Aos 25, após cruzamento da esquerda, a zaga paranaense afastou o perigo. Na sobra, Madson fez passe perfeito para Kléber Pereira, que, em posição legal, dominou a bola, invadiu a área livre e, na saída de Vanderlei, bateu para o fundo do gol, marcando o seu o 13º na competição.
     Quem esperava que o Coxa saísse para o jogo para tentar inverter a situação, se enganou. O Santos seguiu soberano em campo e começou a desperdiçar chances para aumentar sua vantagem. Aos 33, Neymar ficou cara a cara com o goleiro adversário e chutou em cima de Vanderlei. No minuto seguinte, Paulo Henrique tocou para Kléber Pereira, que, pelo lado direito da área, chutou por cima do gol.Ainda no primeiro tempo, Madson perdeu duas chances inacreditáveis, para desespero do torcedor. Aos 37, após furada de Leandro Donizete na entrada da área, ele avançou livre, driblou Vanderlei, mas foi lento na hora de chutar, permitindo a recuperação do goleiro adversário. Aos 46, ele fez ainda pior. Pará fez bela jogada pela direita, invadiu a área e tocou para Madson, que a um passo da linha do gol, fez o mais difícil e tocou para fora.     
      Para tentar buscar uma recuperação, o técnico Ney Franco mudou o Coritiba no intervalo. Ele sacou o meia Carlinhos Paraíba e colocou o atacante Thiago Gentil. Porém, o Santos continuou comandando as ações.
      Aos 11, Neymar cobrou falta da entrada da área no canto esquerdo de Vanderlei, que voou e fez a defesa. Oito minutos depois, o mesmo Neymar recebeu na frente e na saída do goleiro do Coxa, desta vez, não vacilou e fez o terceiro gol. Imóvel, o Coritiba não esboçava qualquer reação dentro de campo.      E cabia mais. Aos 23, Neymar, em tarde inspirada, foi derrubado dentro da área. Pênalti bem marcado por Ricardo Marques Ribeiro. Na cobrança, Kléber Pereira bateu no canto direito de Vanderlei, que saltou e fez a defesa. Logo depois, o atacante sentiu contusão muscular e foi substituído por Jean.
     Até o fim da partida, o Santos seguiu no ataque, em busca do quarto gol. Que veio aos 43, com uma pintura de Neymar. Ele recebeu na frente e, cara a cara com Vanderlei, bateu por cima, com muita categoria. Um golaço que premiou a inspirada atuação do Peixe e deixou o Coritiba alerta. Afinal, a Série B voltou a assustar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Catarinão 2010 na RBS

     A FCF divulgou ontem a tabela desmembrada do Campeonato Catarinense de 2010, com a divulgação dos jogos que terão transmissão pela RBS TV e pelo Pay-per-view.
     No PFC o esquema de transmissões é o mesmo desse ano: serão transmitidos todos os jogos envolvendo Avaí, Criciúma, Figueirense e Joinville. Na RBS, os jogos transmitidos serão os de domingos à tarde e aqueles às quartas-feiras no horário das 22:00.

     As transmissões são:

17/01 - Ibirama x Chapecoense
20/01 - Chapecoense x Metropolitano
24/01 - Joinville x Figueirense
27/01 - Criciúma x Avaí
31/01 - Metropolitano x Figueirense
03/02 - Criciúma x Chapecoense
07/02 - Vice da Especial x Figueirense
10/02 - Ibirama x Avaí
13/02 - Criciúma x Figueirense
17/02 e 21/02 - Semifinais e finais do turno
28/02 - Criciúma x Joinville
03/03 - Metropolitano x Chapecoense
07/03 - Chapecoense x Avaí
14/03 - Ibirama x Figueirense
21/03 - Campeão Especial x Avaí
24/03 - Metropolitano x Joinville
28/03 - Joinville x Avaí
04/04 - Chapecoense x Figueirense
07/04 - Metropolitano x Avaí
11/04 e 18/04 - Semifinais e final do returno
25/04 e 02/05 - Finais do campeonato

     Vamos à estatística: três times terão seis jogos transmitidos: Avaí, Figueirense e Chapecoense. O Metropolitano terá cinco transmissões, Joinville e Criciúma, quatro. O Ibirama terá três jogos na telinha, os dois times da Divisão Especial terão um cada e o Brusque não terá nenhum.

Notinhas sobre os dois da capital # 2

    - Ferdinando e Emerson desfalcam o Avaí no duelo contra o Santo André. Marcus Winicius deve substituir Ferdinando. Pela vaga deixada por Emerson brigam três jogadores: Anderson, André Turatto e Rogélio. Este último leva vantagem por até ter marcado gol quando substituto de Rafael;

     - Definidos os preços, condições para a compra e locais de venda de ingressos a fim de assistir Figueirense x Duque de Caxias, em Florianópolis, sábado.
  1. Ingressos para o setor A serão comercializados só para sócios e ao preço de R$ 30.
  2. Ingressos nos setores B, C, D e E serão comercializados para sócios e não sócios, ao preço de R$ 15,00.
  3. A apresentação de um volante da Timemania, assinalada com o Figueirense como o time do coração, reduz o valor do ingresso ao valor de R$ 10.
  4. Os ingressos para estudantes custarão R$ 7,50.
  5. Os ingressos estarão à venda também nas lojas Figueira Store do Centro e Kobrasol e Futebol Mania, até amanhã.
  6. Para clientes Visa, a compra de ingressos é realizada pelo site www.futebolcard.com .

Parcerias e reestruturação


     Avaí e Marcílio Dias fizeram parcerias. O primeiro com o Real Madrid e o segundo com o Vasco. 
     A parceria do Avaí, confirmada pelo irmão mais velho e empresário de Silas, Eli Carlos Pereira, consiste na ida do técnico e do presidente do Avaí para Madrid, para que Silas faça um estágio de cinco dias no clube galáctico, entre os jogos contra o Santos (29/11) e Náutico (06/12). O prazo de cinco dias é computado descontando-se o período de deslocamento. A idéia partiu de um argentino, amigo de Silas.
     Já o Marcílio Dias, está gradativamente deixando pra trás uma diretoria de gestão obsoleta, entraves financeiras, atletas com salários atrasados e especulações sobre irregularidades. Aparentemente está passando por um processo de reestruturação completa, a iniciar-se pelo setor administrativo. A idéia da parceria é observar detalhadamente a forma projetada pelo cruzmaltino para reascender à elite do futebol nacional, essencialmente nas questões extracampo. De acordo com Luiz Antônio Alves, presidente do conselho deliberativo do marinheiro, "já existiu uma conversa prévia". A equipe pretende se apresentar, ser conhecida, via "abertura de portas" e campanha de boa vizinhança.
     Na proposta de reestruturação da diretoria, estão inclusos assessoria de auditoria interna, gerência de informática, diretor de planejamento e ação social, diretor de esportes olímpicos, três diretores jurídicos, um diretor médico pro futebol na categoria profissional e outro pros esportes olímpicos e futebol na categoria de base. Além do mais, há a criação da comissão para estudo da construção de novo estádio, a ser comandada por Maury Werner, acrescida (a proposta de restruturação), claro, dos cargos tradicionais já existentes até então.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Semana "Eu acredito"

      Para os torcedores do Figueirense, que estão fazendo a diferença nas últimas rodas, incentivando mesmo nos momentos mais difíceis, esta semana é a "Semana Eu Acredito", semana em que o clube faz promoções e sorteios para preencher a capacidade máxima do Estádio (19.909 espectadores), buscando o apoio junto à torcida para vencer o Duque de Caxias, entrar no G-4 e ascender à elite.
      A principal medida será conceder desconto para acompanhantes de sócios e torcedores comuns. A medida foi analisada pela direção anteontem. O desconto será de 50%.
     O site oficial do Figueirense também anunciou grande parceria com os blogs que estão fazendo campanha intensamente. A campanha "Alvinegros em Dobro" espalhou-se nos blogs, instando os torcedores que comparecem regularmente aos jogos a levarem ao menos um mais consigo no duelo.
     Haverá, ainda, sorteio de ingressos em mídias como o Diário Catarinense, RBS TV, TV COM e a CBN/Diário. Outra fonte de mobilização é o twitter , onde o Figueirense soma cerca de 2300 seguidores. Haverá sorteio de ingressos nas lojas oficiais do clube em Florianópolis.

     Confira a "Semana Eu Acredito":

     - Objetivo: preencher a capacidade máxima de torcedores no Estádio, no confronto contra o Duque de Caxias;
     - Promoções em parceria com os blogs alvinegros (lista no site oficial)
     - Sorteio de ingressos na mídia, como incentivo;
     - Aumento do sorteio no twitter do clube.