sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Explicando a briga


     Conforme prometido, trago resumo do ocorrido ontem, numa das cabines de imprensa do Sesi, no jogo entre Metropolitano x Joinville, envolvendo Luciano Silva, da Rádio Menina de Blumenau, e Mário Celso, da Globo de Joinville. É triste saber que duas pessoas entraram em vias de fato por motivo dum problema técnico fácil de ser resolvido. Como a missão do Blog é informar, vamos aos fatos.
     Primeiro, explicação técnica pra quem não convive rotineiramente no segmento jornalístico de radiodifusão sonora e imagem: 95% das radiodifusoras sonora e imagem utilizam como sistema de retorno (modo de ouvir a transmissão oriunda por linha telefônica) um aparelho de baixa potência que capta o som e  o transmite numa FM. Dessa forma, o repórter, munido dum microfone sem fio, consegue ouvir com um simples radinho, e torcedores que acompanham o jogo de seus clubes, quando este está jogando fora de casa, podem fazer o mesmo, se quiserem ouvir a transmissão da rádio da sua cidade. Quando  se transmite uma partida fora da cidade de origem da radiodifusora sonora e imagem, o primeiro passo é  procurar uma freqüência que não exista naquela região, depois colocar o respectivo retorno nessa freqüência, pra não incomodar ninguém. A citar municípios como Criciúma, onde três FMs transmitem jogos, nunca houve nenhum problema nesse sentido.
      Ali começou o problema. Luciano, em mensagem no seu  profile (perfil) no site de relacionamentos Orkut, alega que a Rádio Globo colocou a freqüência do seu retorno muito próxima aos 97,5 da sua rádio, o que estaria causando interferência na recepção no Estádio do Sesi, que fica em uma área de sombra. Então, foi à cabine da Globo pedir ao narrador Mário Celso que trocasse a freqüência ou desligasse o equipamento. Na discussão toda, os dois entraram em vias de fato. Luciano foi até a Delegacia de Polícia local registrar queixa  (leia-se Boletim de Ocorrência (BO)) por Agressão e Impossibilidade do exercício da profissão. Não foi possível ouvir de Mário Celso a versão dele.
      Minha opinião é a seguinte: estapiar-se por causa de uma mísera freqüência de FM é algo injustificável. Os dois estão errados. Se a Menina tem sinal fraco no Estádio, era só o Luciano ter colocado um transmissor de FM da freqüêcia dele (97,5), como a Rádio Eldorado faz em Criciúma, usando um transmissor no Estádio na freqüência da Hulha FM de Turvo (97,7). Não sei qual dial a Globo colocou, mas se pusesse lá pros 88 ou nos 107 mhz, todos trabalhariam na santa paz.
      A Acesc (Associação dos Cronistas Esportivos de SC) precisa também tomar atitudes quanto a isso,  com a finalidade de criar regras de convivência., pois inclusive trabalhar está ficando perigoso. Mas esperar algo da Acesc, demora...

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